Senhora
José De Alencar
Aurélia é a mulher em torno da qual gira este romance de de José de Alencar. Pura e ingênua por natureza, mas endurecida pelas desilusões causadas pelo mundo civilizado, ela se transformou em uma mulher de negócios. E serve perfeitamente ao propósito do autor, que pretende criticar a sociedade burguesa de seu tempo: a civilização corrompe o ser humano, que nasce puro. Daí é fácil lembrar do pensamento de Jean-Jacques Rousseau, filósofo francês responsável pelo desenvolvimento da teoria do bom selvagem: o homem é puro por natureza, a civilização é que o corrompe. Uma história como essa poderia servir tanto a um romântico como Alencar quanto a um realista como Machado de Assis, por exemplo. A linha que separa essas duas escolas é a crença em um ideal, no caso dos românticos, o que é confirmado no romance de Alencar, uma vez que Aurélia abre mão de sua ambição ao comprovar o amor verdadeiro de seu marido, Seixas.
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