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Escolher livros literários para o ano letivo pode ser uma tarefa desafiadora nos dias atuais, com tantos estímulos digitais os alunos estão cada vez mais desinteressados pela leitura.
Sabemos que boa parte dos estudantes acabam lendo algumas obras porque elas caem em vestibulares e outras provas importantes e é por isso que o grande desafio é escolher uma coleção anual que estimule os alunos a saírem da inércia mental e a desfrutarem dos clássicos da literatura.
De acordo com a BNCC é fundamental escolher obras adequadas para cada idade, justamente para que a oferta seja coerente com a fase em que o aluno se encontra e além disso, é fundamental observar a maturidade literária de cada aluno.
Aprenda hoje a escolher obras adequadas a sua escola e ao tempo de cada aluno, acompanhe!
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) não estabelece uma lista de livros literários obrigatórios para as escolas. No entanto, ela oferece orientações e critérios que podem auxiliar as instituições na escolha de obras adequadas para cada etapa da educação básica.
Atenção ao contexto e objetivos
Veja alguns critérios de seleção
Tenha um processo de escolha
Para auxiliar nesse processo, o Coletivo Leitor apresenta 6 passos detalhados, que vão além do básico e oferecem uma visão aprofundada sobre como selecionar as obras literárias ideais
É essencial ir além da faixa etária e do nível de leitura ao conhecer seus alunos. Investigue seus interesses individuais, suas preferências de gênero literário, seus autores favoritos e os temas que os mobilizam.
Uma turma do 6º ano pode ter alunos com diferentes níveis de maturidade e experiências de vida, o que influencia na forma como se relacionam com a leitura.
Considere também os estilos de aprendizagem dos alunos. Alguns são mais visuais, outros auditivos ou cinestésicos. Essa informação pode ser útil para escolher obras com recursos adicionais, como ilustrações, audiolivros ou adaptações teatrais.
Além disso, identifique se há alunos com necessidades educacionais especiais que exigem adaptações ou obras com formatos acessíveis.
Ainda, leve em conta o contexto social e cultural dos alunos. De onde eles vêm? Quais são suas experiências de vida? Quais são seus valores e crenças? Essa compreensão permite escolher livros que dialoguem com a realidade dos alunos, que abordem temas relevantes para suas vidas e que promovam a inclusão e o respeito à diversidade.
Quais competências e habilidades você deseja que os alunos desenvolvam com a leitura das obras literárias? Interpretação textual, senso crítico, capacidade de argumentação, vocabulário, conhecimento cultural?
Defina objetivos claros e específicos para cada obra, levando em consideração as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular.
As obras literárias também devem estar conectadas com o currículo escolar, dialogando com outras disciplinas e enriquecendo o aprendizado dos alunos. Escolha livros que abordem temas relacionados à história, geografia, ciências, filosofia, etc. Essa interdisciplinaridade torna o aprendizado mais significativo e estimulante.
A leitura literária também é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento de valores e a formação de cidadãos críticos e conscientes. Escolha obras que abordam temas como ética, justiça, igualdade, respeito, solidariedade e outros, que possibilitem debates e reflexões importantes em sala de aula.
Apresente aos alunos a riqueza da diversidade literária, explorando diferentes gêneros, autores de diferentes nacionalidades e culturas e temas relevantes para a faixa etária. Saia do lugar comum e ofereça aos alunos a oportunidade de descobrir novas formas de contar histórias e de se conectar com o mundo.
Equilibre a escolha de clássicos da literatura com obras contemporâneas. Os clássicos são importantes para contextualizar a cultura e a história, mas os contemporâneos podem ser mais próximos da realidade dos alunos e abordar temas mais atuais. Promova um diálogo entre as obras, incentivando os alunos a comparar diferentes estilos, épocas e perspectivas.
Apresente aos alunos um panorama da literatura nacional e internacional, mostrando a riqueza da produção literária em diferentes países e culturas. Explore obras de autores consagrados e de novos talentos, incentivando os alunos a conhecer diferentes vozes e estilos de escrita.
Avalie a qualidade da escrita, a originalidade da história, a relevância dos temas abordados e a adequação da linguagem para a faixa etária. Uma obra literária de qualidade é aquela que encanta, emociona, faz pensar e convida à reflexão. Analise a linguagem utilizada, a estrutura narrativa, a mensagem transmitida e o impacto que a obra pode ter nos alunos.
Considere também a relevância da obra para os alunos. Ela dialoga com seus interesses e experiências? Aborda temas importantes para suas vidas? A obra tem potencial para gerar reflexões e debates significativos em sala de aula?
Escolha livros que realmente façam a diferença na vida dos alunos, que os toquem de alguma forma e que os inspirem a se tornarem leitores apaixonados.
Verifique se a obra é adequada à faixa etária dos alunos e se está alinhada aos objetivos pedagógicos estabelecidos. Uma obra complexa demais pode frustrar os alunos, enquanto uma obra simplista demais pode não desafiá-los. Encontre o equilíbrio entre o desafio e a acessibilidade, escolhendo livros que estimulem o desenvolvimento dos alunos sem desmotivá-los.
As obras literárias devem estar articuladas com o currículo escolar e o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, como falamos lá em cima.
Analise quais são os temas e as habilidades que a escola prioriza e escolha livros que dialoguem com essas diretrizes. Verifique também quais são os recursos disponíveis, como livros na biblioteca, materiais didáticos complementares, etc.
Considere também o tempo disponível para a leitura das obras e para o desenvolvimento de atividades relacionadas. Não sobrecarregue os alunos com muitos livros, pois a leitura pode se tornar uma tarefa maçante e pouco prazerosa.
Planeje o tempo de leitura de forma estratégica, dedicando tempo suficiente para que os alunos possam se envolver com as histórias e realizar as atividades propostas.
Busque parcerias com bibliotecas, editoras, livrarias e outras instituições que possam oferecer apoio e recursos para o projeto de leitura da escola. Aqui, contar com o Coletivo Leitor fará toda a diferença!
A escolha das obras literárias deve ser um processo participativo, envolvendo professores, alunos, pais e outros membros da comunidade escolar.
A opinião de todos é importante para garantir que os livros escolhidos sejam relevantes e interessantes para os alunos. Promova reuniões, debates, enquetes e outras atividades para que todos possam contribuir com suas ideias e sugestões.
Crie um ambiente de diálogo aberto e transparente, no qual todos se sintam à vontade para expressar suas opiniões e defender seus pontos de vista. Incentive a troca de ideias e o respeito às diferentes perspectivas. Lembre-se que o objetivo é encontrar as melhores obras para os alunos, e a colaboração de todos é fundamental para alcançar esse objetivo.
Busque também uma escolha democrática e representativa, que contemple os interesses e as necessidades de todos os alunos. Considere a diversidade de opiniões e busque um consenso que seja justo e equilibrado.
As obras literárias escolhidas farão parte da formação dos alunos, e é importante que elas representem a pluralidade de vozes e experiências presentes na comunidade escolar.
Ao seguir esses 6 passos detalhados, você estará mais preparado para escolher as obras literárias que farão do ano letivo um período de muito aprendizado, descobertas e paixão pela leitura para seus alunos!
No Coletivo Leitor você encontra centenas de títulos de literatura e informativos infantojuvenis. São obras dos selos Ática, Atual, Caramelo, Scipione, Formato e Saraiva, cuidadosamente selecionadas para atender aos leitores e proporcionar experiências inesquecíveis.
Com os nossos filtros no acervo literário você consegue buscar por obras adequadas para cada ano escolar, de acordo com a BNCC e com outras temáticas que facilitam sua experiência.
Também contamos com ofertas personalizadas para escolas com livros físicos e digitais para você conhecer.
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A literatura proporciona uma experiência rica e emocionante, tanto sensorial quanto intelectual. Ela auxilia no desenvolvimento da aprendizagem de crianças e jovens, ampliando o vocabulário, aguçando o senso de observação e estimulando a percepção de nuances nos textos.
Que tal aproveitar as comemorações de fim de ano para incluir na cesta de presentes livros que tratem dessas festividades? Desenvolver o hábito de leitura desde a Educação Infantil é crucial para o desempenho escolar e o desenvolvimento integral dos estudantes. O contato contínuo com o universo ficcional refina a sensibilidade e gera novas compreensões, estimulando o crescimento pessoal, algo que combina perfeitamente com o espírito natalino.
O pai de Charles foi demitido e consegue um trabalho temporário como Papai Noel em um shopping center. Apesar das dificuldades que a família enfrenta, o garoto não quer ficar sem presente de Natal.
O rico e avarento Ebenezer Scrooge detesta o Natal e o comportamento das pessoas nessa época do ano. Mas, ao se aproximar mais um período natalino, ele recebe a visita do espírito de seu ex-sócio, que não encontra paz por não ter sido bom nem generoso em vida.
Era Natal, e vovó Ana acreditava que Natal sem presépio vivo não era Natal. Toda a família se reuniu para encenar o nascimento de Jesus. Após a encenação, as crianças correram para o jardim à espera do Papai Noel, que estava atrasado. O que teria acontecido com o velhinho?
O Natal está próximo e todos estão fazendo suas compras, indiferentes à situação de Duda, Sujinho, Simpa e Helinho, quatro meninos de rua que ainda sonham com a felicidade.
O rico e avarento Scrooge sempre detestou o Natal e o comportamento das pessoas nessa época do ano. Ao se aproximar mais um período natalino, ele se prepara para comemorar a data à sua maneira: mal-humorado e sozinho. Mas, uma noite, Scrooge recebe visitas inesperadas, que o fazem refletir sobre suas atitudes.
A literatura vai além da sala de aula, desenvolvendo habilidades socioemocionais. As situações vividas pelos personagens despertam sentimentos de empatia, gratidão e solidariedade nos jovens, permitindo a identificação com os personagens.
Além disso, muitas obras literárias permitem trabalhos transdisciplinares envolvendo áreas como português, história, geografia e ciências. Histórias natalinas, por exemplo, podem abrir discussões sobre religiosidade, diversidade cultural, hábitos de consumo e desigualdade socioeconômica.
O trabalho com livros literários em sala de aula é uma maneira lúdica de abordar os conteúdos do currículo. Personagens fictícios criam sentimentos de empatia e pertencimento nos alunos, que se identificam com os dilemas e questões das histórias. Confira alguns benefícios:
O uso de livros literários em sala de aula é uma estratégia fundamental para enriquecer o aprendizado. Além de abordar os conteúdos do currículo de maneira lúdica, promove o desenvolvimento emocional, social e cognitivo, preparando os alunos para serem leitores críticos e cidadãos empáticos.
A Literatura desempenha um papel crucial no processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Ao contrário do que muitos pensam, ela não se restringe apenas à leitura de livros em disciplinas específicas, como Língua Portuguesa. A presença de estudos literários pode – e deve – ser contemplada nas mais diversas áreas do conhecimento, proporcionando uma formação mais ampla e enriquecedora para os estudantes.
Preparamos este artigo com o intuito de apresentar a relevância da literatura no contexto de sala de aula, mostrando também como a educação literária é contemplada pela BNCC. Confira!
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento norteador que define os aprendizados fundamentais durante toda a trajetória do aluno, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. É, portanto, uma ferramenta que tem como intuito orientar e guiar a elaboração e a atualização dos currículos escolares, utilizada como uma referência dos objetivos de aprendizagem de cada etapa da formação dos estudantes.
A finalidade do documento é estabelecer uma educação igualitária que abranja todo o território nacional, levando em consideração a qualidade do ensino e a formação do cidadão brasileiro. Em relação à estruturação da BNCC para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, há uma divisão dos conhecimentos em cinco campos de experiências.
Além disso, ela possui um caráter normativo e estabelece objetivos de aprendizagem que são definidos por meio de competências e habilidades essenciais. Apesar da Literatura não estar determinada como um componente específico na Base, ela é contemplada, principalmente, na terceira das dez competências gerais da Educação Básica:
“Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.”
Essa competência está relacionada com o papel da escola enquanto local propício para as manifestações artísticas. Dentro da instituição de ensino, os estudantes podem ter contato com obras literárias de diversas regiões do país e ainda de outras culturas, países e épocas, o que tem muito a contribuir e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem.
A BNCC traz a literatura em um contexto representativo do seu papel na vida das pessoas, apresentando as práticas literárias para além do âmbito escolar. Em vista que o documento visa a aproximar a educação às temáticas atuais de grande relevância, o ensino da Literatura é relacionado com as práticas digitais em várias habilidades.
Por meio dessa relação que é estabelecida entre as obras e a realidade virtual, os estudantes ficam aptos a compartilhar suas críticas e impressões com os demais leitores. Em relação ao universo digital atrelado ao ensino literário, a Base apresenta possíveis ações que podem ser realizadas após a leitura de uma obra:
“Depois de ler um livro de literatura ou assistir a um filme, pode-se postar comentários em redes sociais específicas, seguir diretores, autores, escritores, acompanhar de perto seu trabalho; podemos produzir playlists, vlogs, vídeos-minuto, escrever fanfics, produzir e-zines, nos tornar um booktuber, dentre outras muitas possibilidades.”
Vale ressaltar ainda que a Base Nacional Comum Curricular não limita a prática e o desenvolvimento da leitura na escola apenas aos textos unicamente literários. Outras produções baseadas em obras literárias podem ser bastante aplicáveis no contexto escolar, como filmes, animações, HQs e paródias.
A literatura envolve a formação dos leitores-fruidores. No documento nacional, esse termo é definido como:
“Para que a função utilitária da literatura – e da arte em geral – possa dar lugar à sua dimensão humanizadora, transformadora e mobilizadora, é preciso supor – e, portanto, garantir a formação de – um leitor-fruidor, ou seja, de um sujeito que seja capaz de se implicar na leitura dos textos, de “desvendar” suas múltiplas camadas de sentido, de responder às suas demandas e de firmar pactos de leitura.” (Base Nacional Comum Curricular – Linguagens - Língua Portuguesa Ensino Fundamental, página 138)
Ou seja, o fruidor é aquele com a capacidade de analisar e interpretar as diversas manifestações culturais. Essa edificação contempla um dos principais objetivos da BNCC no ensino da ciência literária e da arte. Confira a seguir de qual maneira a formação dos leitores literários é direcionada em cada um dos segmentos:
Na Educação Infantil, a Base estabelece cinco campos de experiências, considerando os direitos de aprendizagem e desenvolvimento de cada ano. São eles:
- O eu, o outro e o nós;
- Corpo, gestos e movimentos;
- Traços, sons, cores e formas;
- Escuta, fala, pensamento e imaginação;
- Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Dentre os cinco, a prática literária se mostra mais presente no campo de experiência da Escuta, fala, pensamento e imaginação. O ensino da Literatura para as crianças de até 6 anos de idade é trabalhado por meio da Literatura Infantil (contos, fábulas, poemas, cordéis e histórias) que visa a desenvolver a prática e o relacionamento com a leitura nos alunos. Além disso, tem como objetivo estimular a imaginação dos alunos e ampliar o seu conhecimento acerca do mundo.
No Ensino Fundamental, existem seis competências específicas de Linguagens e a quinta competência está relacionada mais fortemente com a temática. Define-se, por meio dela, que durante essa etapa escolar deve existir um desenvolvimento mais aprofundado acerca da formação do leitor-fruidor, sobretudo dentro do componente curricular Língua Portuguesa.
“Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.”
A Base Nacional Comum Curricular espera que o aluno, ao aderir à prática da leitura, desenvolva um interesse tanto pelas obras quanto pelo envolvimento proporcionado pela leitura, assim como aceite os textos desconhecidos, clássicos e desafiadores. Além disso, ela evidencia a progressão da leitura, de modo que o docente deve procurar ampliar o repertório do estudante por meio do estudo de textos literários.
No Ensino Médio, a busca pela formação de leitores é realizada de forma mais complexa. Para tal, faz-se necessário aproximar os textos literários de teorias mais aprofundadas, ao analisar e compreender o contexto histórico, social e ideológico de obras de diversos tempos e origens. A segunda competência específica de Linguagens e suas Tecnologias para o Ensino Médio se refere a esse desenvolvimento:
“Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza.”
Há ainda a competência de número seis, que marca a importância da arte no exercício da cidadania, fazendo com que o aluno seja apto a:
“Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais, considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas, exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.”
A importância da Literatura em sala de aula
A literatura é a arte da palavra. Além disso, tanto a literatura quanto a língua utilizada por ela são instrumentos de interação social e de comunicação, executando a função de transmitir a cultura, conhecimentos e ensinamentos de determinada comunidade.
O autor, por meio das obras literárias, transmite suas ideias em relação ao seu ponto de vista do mundo, levando o leitor a refletir sobre si e sobre o outro. Com isso, ela assume um importante papel no processo de transformação social e, também, como uma crítica à realidade de uma maneira político-ideológica ao confrontar o senso comum.
Por meio dela, os alunos são capazes de desenvolver um olhar diferente acerca do mundo. Os leitores desenvolvem o pensamento crítico e a capacidade de relacionar diversas áreas do conhecimento na compreensão de seus problemas, desafios e na proposição de soluções.
A leitura, além de ser prazerosa, contribui bastante para o enriquecimento intelectual e cultural do leitor. Ademais, é um instrumento essencial para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos alunos, ao possibilitar uma formação de crianças mais empáticas, que lidam melhor com os desafios e que respeitam a diversidade.
Contudo, existe uma grande importância em relação à literatura além do estudo do livro em si, explorando a obra como um ponto inicial para estudar as várias áreas do conhecimento. Os livros literários podem ser utilizados como uma base para os projetos pedagógicos, ao, por exemplo, incentivar que os alunos leiam uma obra tendo como ponto de partida uma disciplina. Desse modo, os estudantes podem compreender o contexto histórico e geográfico dos títulos, além de relacioná-los com conceitos e referências das outras disciplinas.
Na sala de aula, o docente, ao indicar obras literárias e autores, abre espaço para a discussão e para comentários mais profundos acerca dos livros. Dessa forma, o professor consegue transmitir o valor e a importância que a leitura possui para a formação e desenvolvimento das pessoas.
Em suma, a literatura é um elemento essencial no processo de ensino-aprendizagem, desempenhando um papel vital na formação integral dos alunos. Através da leitura, os estudantes não apenas adquirem conhecimento, mas também desenvolvem habilidades críticas, criativas e reflexivas que são fundamentais para sua formação como cidadãos conscientes e participativos.
A BNCC reconhece essa importância e integra a literatura de forma transversal em diversas áreas do conhecimento, promovendo uma educação mais rica e completa. Portanto, é imprescindível que as escolas incentivem e valorizem a prática literária, contribuindo para a formação de leitores críticos e engajados com a realidade ao seu redor.
A literatura de cordel é um dos gêneros literários mais tradicionais do país. Apesar de ser muito comum no Brasil, ela não se originou aqui. Descendente de produções literárias europeias, encontrou solo fértil para se desenvolver por aqui, sobretudo no Nordeste no século XIX.
A seguir, veremos como ele surgiu e quais são suas principais características. Além disso, você poderá conhecer algumas obras do cordel. Confira!
O cordel nasceu em Portugal, no século XVI, durante o Renascimento. Esse foi o momento no qual esse formato de impressão começou a se popularizar. Até então, as histórias, poesias e contos eram repassadas apenas por meio da oralidade. Dessa forma, os autores de cordéis expunham suas criações em bancas, feiras e mercados. Esse hábito deu nome ao movimento literário, visto que para sua comercialização, as obras eram penduradas em cordões (cordéis).
Esse é um formato literário muito tradicional e, ainda que muito antigo, mantém muitas de suas características desde o seu surgimento. Abaixo listamos alguns dos aspectos mais fortes e peculiares da literatura de cordel.
A literatura de cordel é excelente no processo de ensino de leitura e interpretação de texto. O ritmo e a forma de escrita desse gênero aproximam o aluno dessa produção. Visto que boa parte dos cordéis tocam em temas sociais relevantes, também é uma boa forma de trabalhar a interdisciplinaridade e as habilidades socioemocionais.
Aqui está uma lista com exemplos da literatura de cordel que você deve conhecer:
Ótima opção para incentivar as crianças a ler, esse livro tem como tema o mundo do circo. Os macacos, os leões e os elefantes obedecem ao estalar do chicote do valente domador no primeiro sinal de sua presença. Nesse contexto, o livro traz uma reflexão, questionando se esse é de fato um sinal de valentia ou não.
Essa obra consiste em uma coleção de grandes momentos desse gênero da literatura nacional. A partir da junção de cordéis de três grandes escritores do gênero, o livro é uma opção de leitura atual e pertinente.
Este é um ótimo livro para ser trabalhado em sala de aula para abordar conteúdos culturais. A história traz a aventura do narrador-personagem, que sai em busca da sua rabeca Veridiana que sumiu e sem ela não há criação. Para encontrá-la, ele precisará ir ao “Reino do Vai Não Vem”, um lugar cheio de encantos, poesia popular e personagens marcantes. Trata-se de uma imersão ao mundo do cordel.
Uma das características mais fortes da literatura de cordel pode ser percebida na capa deste livro. Apresentado com uma xilogravura, essa obra transita entre o formal, o informal e o regional. Com um tema cotidiano, abre discussões sobre trabalho, dever, responsabilidades e esperteza. Além disso, a obra traz uma reflexão sobre a exploração do trabalho no país.
Em 2018, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou por unanimidade o registro da literatura de cordel como patrimônio imaterial e o tombamento do Acervo Arthur Bispo do Rosário como patrimônio material. A literatura de cordel é uma ótima forma de incentivar a leitura por trazer temáticas cotidianas e com fortes elementos da cultura nacional, de maneira dinâmica e rítmica. As obras citadas são alguns exemplos desse gênero que trazem essas características.
A literatura de cordel é essencial na composição do acervo de uma biblioteca escolar. Assim como essa, outras várias escolhas farão você ter um acervo bem estruturado.
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